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O lado irônico das questões motivacionais
O lado irônico das questões motivacionais

Eu já escrevi sobre este tema mas com uma outra abordagem. Hoje pretendo abordar um novo entendimento deste assunto.



Vivemos em uma época em que menos é mais. A teoria do “foco” leva as pessoas a perceberem bem um único ângulo mas seguem alheias a tantos outros ângulos tão ou mais importantes. E o pior é que o único ângulo percebido nem sempre é o mais real. Em muitos casos a percepção se dá mais por um conceito coletivo do que individual, isso massifica e emburrece, por mais que se negue este fator. Sim, perceber tudo pelo coletivo é mais simples e prático e a percepção é mais difícil pelo conceito individual que envolve pensar, entender e assimilar o mundo por sua própria cabeça e por seu próprio esforço. E, lógico, ter coragem para assumir seus pensamentos e decisões porque quem se destaca por entender o mundo de forma particular e, mais ainda, separado da “massa”, de certo enfrentará muita luta e até perseguições. Mas este é tema para outro artigo.



Continuando:

Criou-se uma massificação, somos todos iguais...

NÃO SOMOS todos iguais!!!

Cada cérebro tem um entendimento em relação ao que vivencia, cada organismo tem características próprias e reage de uma determinada forma aos estímulos e tratamentos sejam intelectuais, sociais, ambientais ou medicamentosos em se tratado de Saúde...



Seja qual for a área, o comum é que lê-se um livro e percebe-se que é preciso ler mais vinte ou trinta livros para, talvez, entender um pouco do tema...

É preciso frequentar palestras de motivação porque a vida perdeu o sentido... E a grande meta, geralmente, é de vendas, nunca de VIDA!



Neste ponto, do viver sem sentido, tenho percebido que, atualmente, destacam-se as pessoas que oferecem algo que parece faltar às massas. Observo, até mesmo atônita, a quantidade de bobagens que são transmitidas em algumas palestras e as pessoas aplaudem calorosamente sem sequer questionarem que o “ensinamento” é apenas o óbvio, que todos já deveriam saber sem necessidade de palestras, simpósios e tanto falatório.



Isso me lembra certa vez, há uns quinze anos, em que uma editora de uma grande revista especializada me contatou desesperada pedindo “urgente” um artigo de apenas uma pagina. Revirei meus arquivos e encontrei um artigo imenso abordando diversos distúrbios de aprendizagem. Eu o havia engavetado por ter causado grande polêmica ao ser divulgado num jornal eletrônico mas pensei que poderia resumi-lo para a revista. Foi ai que notei que o referido artigo tinha um “rodapé” que ensinava o obvio: Como agir ao detectar os sinais relatados no artigo. Isso incluía levar a criança ao médico, ao psicopedagogo e/ou psicologo, não ridicularizar a criança e mais uns dez conselhos que, francamente, para mim era obvio demais.



Mesmo assim ofereci o rodapé à editora que ficou entusiasmada ao extremo. Na mesma hora enviou um fotógrafo à minha residência e já agilizou a publicação do “artigo” para a semana e, por sinal, foi um dos meus artigos mais elogiados.



Em outra ocasião, isso também foi há uns quinze anos, fui entrevistada na rádio por uma pessoa incrível. Pensava e agia como eu e nos identificamos ao ponto de continuar conversando muito tempo após a entrevista. Mantivemos contato por algum tempo mas acabamos nos afastando. Ela seguiu ministrando palestras motivacionais e eu continuei defendendo o direito de viver na realidade, sem desculpas e sem enganos...

Recentemente, diante de muitos convites da assessoria dela, resolvi aceitar e assistir uma de suas palestras. Não vou aqui criticar o trabalho ou conteúdo dela mas senti muita tristeza ao perceber que aquela mulher autêntica que conheci e com quem me identifiquei ficou no passado. Ela agora está mais para show woman motivacional... E 80% do que ela “ensina” nada mais é do que o obvio que deveria vir de berço, os 20% restante são sugestões de como utilizar os ensinamentos dela para ganhar dinheiro... O detalhe crucial é que estes ensinamentos envolvendo compartilhar, cooperar, atuar em grupo não deveriam ser "treinamento para bater metas de vendas"  e sim regras para uma convivência mais amistosa entre os seres...



E, só para complementar, em uma outra palestra “motivacional” a palestrante falou vibrantemente (em Inglês): “- Se você quer que algo incrível aconteça na sua vida, você tem que fazer algo incrível”... Enquanto todos aplaudiam calorosamente, eu tentava entender o que aquela mulher queria dizer com esta afirmação e pior ficou quando ela perguntou se alguém entendeu o que ela acabara de falar, todos (menos eu) afirmaram que sim, entenderam e ela respondeu: - Que bom, porque eu mesma não entendi o que falei!

Neste momento, ao invés do público acordar e pedir o dinheiro de volta, apenas se iniciou uma grande agitação entre risos, palmas, assovios e todos os tipos de exaltação do nada que se palestrava ali...



A grande verdade é que a maioria das pessoas não tem ideia de onde veio ou para onde quer ir (ou irá querendo ou não) e acaba sendo alvo fácil de pessoas que sabem bem criar um "rapport" e fazer parecer algo corriqueiro como sendo vital para quem as assiste...

Enquanto  isso,  o público meio hipnotizado não percebe que viver focado e buscando ensinamentos para prosperar "recebendo só para si" ou doando para mais receber pode levar a uma alienação e consequente isolamento e que é justamente este isolamento que está acabando com a vida no planeta sob todos os aspectos. Enquanto cada um se fecha em si mesmo, foca-se em seu mundo, luta por seus interesses e quer “TER” cada vez mais invés de “SER”, os poucos que já “SÃO” seguem literalmente falando sozinhos até que os que “TEM” busquem cursos para aprender a “SER” e tudo isso gera um choque e, na junção de tanto individualismo, qualquer associação está fadada ao fracasso.

Vamos refletir sobre isso?

 

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